SISTEMA IMUNOLÓGICO SUPRIMIDO

Sistema autoimune

 

Acredita-se na possível existência de mecanismos de vigilância pelo sistema imunológico que previnem o desenvolvimento de câncer, pois observou-se em estudos que indivíduos imunodeficientes (com imunidade prejudicada) e pacientes submetidos ao tratamento prolongado com medicamentos imunossupressores (medicamentos que causam diminuição da imunidade) apresentam risco aumentado de desenvolvimento de câncer, em comparação à população em geral.

Assim, a predisposição para o desenvolvimento de câncer pode representar uma falha da vigilância do sistema imune, pois o mesmo tem a capacidade de reconhecer células associadas ao desenvolvimento de tumores e produzir respostas de células de defesa do sistema imunológico a tal ameaça.

Além disso, as células do nosso sistema imunológico sofrem alterações “espontâneas” praticamente o tempo todo.

Essas “mutações” podem causar danos na formação e no amadurecimento das células do sistema imune, o que predispõe o aparecimento do câncer, pois essas células especializadas na defesa do corpo contra os ataques de “invasores estranhos” alteradas levam a um prejuízo das defesas no processo de carcinogênese (formação de células cancerosas).

As células tumorais exibem uma variedade de mecanismos que lhes permitem escapar da detecção e destruição pelo sistema imunológico, tornando a resposta imune inefetiva.

O sistema imunológico, por sua vez, também é capaz de se autorregular para se tornar irresponsivo às células tumorais.

Embora o sistema imune tenha o potencial de reconhecer células que estimulam a produção de anticorpos contra as células tumorais e dirigir uma resposta efetiva capaz de destruir tais células, esta resposta muitas vezes falha em prevenir o crescimento local e a disseminação distante dos cânceres.

Mesmo com a possibilidade de falha na vigilância do sistema imunológico, vê-se a importância de um sistema imune sadio e efetivo na prevenção e possibilidade de tratamento através da imunologia tumoral.

A capacidade de intervir e intensificar a ação do sistema imune de modo a se produzir uma resposta antitumoral benéfica e eficaz continua sendo uma área de intensa pesquisa clínica.

 

 

Renata Mattos
Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (Unesp) desde 2006. Voluntária em projetos sociais de apoio ao paciente com câncer. Enfermeira-chefe do Instituto de Oncologia de Mogi das Cruzes-SP de 2009 a 2019. Atuou como docente de Enfermagem na Universidade de Mogi das Cruzes e hoje dedica-se a projetos pessoais no auxílio ao paciente com câncer e seus familiares com o auxílio de terapias holísticas e integrativas como aromaterapia e ayurveda.
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