RASTREAMENTO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA

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O rastreamento e prevenção do câncer de pele não melanoma exige o conhecimento dos fatores de risco, sinais e sintomas e hábitos que auxiliem na prevenção.

Fatores de risco

O fator de risco mais importante é a exposição à radiação ultravioleta (UV), presente nos raios solares e usada no bronzeamento artificial.

Em geral, as pessoas desenvolvem câncer de pele após os 50 anos, mas esses tumores decorrem da exposição ao sol, que é cumulativa, sofrida quando elas eram jovens. Cerca de 80% da radiação ultravioleta que acumulamos durante a vida é absorvida do zero aos 20 anos idade.

O risco de desenvolver câncer de pele é proporcional à exposição acumulada de raio UV; a genética e a cor da pele também influem, sendo mais afetadas as pessoas de pele, cabelos e olhos claros.

As pessoas que vivem em áreas onde há sol mais forte têm maior risco de desenvolver câncer de pele.

Exposições a produtos químicos como arsênio, alcatrão industrial, carvão, parafina, certos tipos de óleo e radiações como tratamento radioterápico aumentam o risco de desenvolver câncer de pele não melanoma.

Outros fatores de risco incluem:

  • Algumas lesões de pele como ceratose actínica.
  • Ter doença de pele rara, como xeroderma pigmentoso, albinismo ou síndrome do nevo basocelular.
  • Uso de medicações que levam a queda de imunidade.
  • Áreas de cicatrizes de infecções ósseas, de queimaduras.
  • Pessoas com psoríase tratadas com radiação ultravioleta.
  • Tabagismo pode levar causar lesões nos lábios

Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a maioria não causa diretamente a doença. Algumas pessoas com vários fatores de risco nunca desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de risco conhecidos poderão fazê-lo.

Sinais e sintomas

O câncer de pele raramente causa sintomas incômodos até as lesões se tornarem muito grandes, podendo coçar, sangrar ou mesmo apresentar intensa dor, mas normalmente são visíveis e podem ser sentidas muito antes de chegar a este ponto.

O câncer de pele costuma surgir com mais freqüência em áreas expostas ao raio UV, como face, mãos e tronco.

As principais alterações nas lesões de pele são coceira, crescimento, sangramento e presença de ferida que não cicatriza.

Os principais sinais e sintomas dos carcinomas basocelulares são:

  • Protuberância de cor rósea brilhante, avermelhada, branco perolado ou transparente.
  • Área avermelhada, em relevo ou irritada, que pode descascar ou coçar.
  • Lesão rósea com borda elevada e parte central encrostada.
  • Cicatriz com área branca, amarela ou cerosa, e bordas mal definidas.
  • Ferida aberta com sangramento, que permanece aberta durante várias semanas.

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Os principais sinais e sintomas dos carcinomas espinocelulares são:

  • Verruga em crescimento.
  • Mancha persistente, escamosa, vermelha, com bordas irregulares, que sangra facilmente.
  • Ferida aberta que persiste por semanas.
  • Lesão elevada com superfície áspera e uma depressão central.

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Rastreamento e prevenção

Evitar a exposição aos raios UV é a melhor maneira de prevenir o câncer de pele. Como o risco é cumulativo, deve-se evitar a exposição desde criança.

Usar protetores solares e labiais em áreas de pele expostas ao sol, especialmente entre às 10 h e 16 h e de preferência com fatores de proteção solar (FPS) 30 ou mais. É recomendável o uso de protetor solar mesmo em dias nublados, roupas com proteção UV, incluindo óculos de sol, chapéu, camisas de manga longa. Os tecidos escuros protegem mais que os claros e as roupas secas protegem mais que as molhadas.

Evitar bronzeamento artificial e exposição a algumas substâncias químicas como arsênio, alguns medicamentos principalmente os imunosupressores.

É importante que qualquer alteração na pele seja examinada por seu médico, para que a causa seja diagnosticada e, se necessário, iniciado o tratamento.

Cuide-se! E simplifique!

Renata Mattos
Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (Unesp) desde 2006. Voluntária em projetos sociais de apoio ao paciente com câncer. Enfermeira-chefe do Instituto de Oncologia de Mogi das Cruzes-SP de 2009 a 2019. Atuou como docente de Enfermagem na Universidade de Mogi das Cruzes e hoje dedica-se a projetos pessoais no auxílio ao paciente com câncer e seus familiares com o auxílio de terapias holísticas e integrativas como aromaterapia e ayurveda.
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