Passível de uma ampla área de atuação, a aromaterapia consiste em uma prática de caráter multiprofissional, que dialoga com diversos outros domínios relacionados a promoção do bem-estar e aos cuidados referentes à saúde em geral.
Compatível com os princípios dos Cuidados Paliativos a aromaterapia, assim como as demais Práticas Integrativas, possibilita uma atenção mais humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, ampliando a visão sobre os processos existentes entre saúde e doença, que se estendem para além de um diagnóstico.
Os Cuidados Paliativos são destinados a pacientes que vivenciam patologias de natureza progressiva ou que se encontram em estágio avançado, visando assegurar outras possibilidades de cuidados e proporcionar maior qualidade de vida, bem-estar e máximo de autonomia ao paciente.
Além da redução da dor e minimização de sintomas físicos, abrangem a assistência em questões de ordem social, psicológica e espiritual. Uma assistência de abordagem integral pode auxiliar o paciente a lidar com dificuldades relacionadas, por exemplo, ao afastamento do trabalho, relações familiares ou o medo da morte. Além disso, também podem facilitar a relação com o seu diagnóstico e melhorar o vínculo entre paciente e a equipe médica.
Os óleos essenciais podem agregar na terapêutica ao serem empregados para o alívio de sintomas como náuseas, dores de cabeça, dores musculares, apetite irregular, distúrbios do sono e, especialmente, na harmonização do estado psicoemocional.
A sensibilidade a quadros de dor está diretamente relacionada ao estresse e a ansiedade. Óleos essenciais de atuações ansiolítica e reguladora do sistema nervoso podem fornecer suporte ao reequilíbrio da saúde emocional, e também atuar na prevenção do desenvolvimento de quadros de depressão.
Um estudo realizado em 2015 com pacientes oncológicos apontou que aqueles que foram assistidos por Cuidados Paliativos chegaram a viver em média cinco meses a mais, em comparação aos pacientes assistidos somente pelos tratamentos convencionais.
Evidências também apontaram, que quando ofertados com antecedência, a chance de resposta aos tratamentos pode aumentar em 15%.
Mas é importante utilizá-los da forma e na quantidade correta! Em pacientes oncológicos, esses cuidados devem ser redobrados.
A aromaterapia é promissora dentro da medicina integrativa, mas ainda pouco utilizada no país. No Brasil há restrições legais para que os médicos prescrevam aromas. Embora já sejam comprovados os bons resultados contra náuseas e redução de estresse.
Converse com seu oncologista sobre a possibilidade de integrar essa terapêutica natural em seu tratamento e consulte um aromaterapeuta, pois só ele poderá indicar as formulações adequadas para cada caso.
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